Máscaras nos mais pequenos?

Máscaras nos mais pequenos?

O Presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, disse esta segunda-feira que é aconselhável a utilização das máscaras nos menores (abaixo dos 10 anos), visto que «reduz o risco de transmissão» da Covid-19.

Em declarações à Executive Digest, o responsável reiterou que se as crianças «tolerarem a sua utilização, a máscara pode e deve ser utilizada, porque reduz o risco de transmissão» da doença. Contudo, têm de ser considerados alguns fatores para o seu uso, alerta.

«Tem de ser atendida a maturidade da criança, se tem alguma supervisão e se a usa corretamente, mas não há nenhum inconveniente que as crianças possam usá-la desde que o façam de forma adequada», explica a sublinhar que «há crianças que a usam de forma correta sem grandes problemas, depende da capacidade de cada uma de o fazer».

Questionado sobre o porquê de não ser assumida uma posição sobre esta matéria, Ricardo Mexia refere que «se criarmos uma regra ela tem de ser cumprida, e para crianças que não têm capacidade de o fazer temos um problema», afirma explicando que é importante que saibam «colocar, tirar e manusear a máscara corretamente», bem como conseguir «tolerar a máscara posta», o que muitas vezes não acontece, sobretudo nos menores.

A única desvantagem no uso de máscara nos mais novos é precisamente a má utilização. «Se estiverem sempre a mexer, a pôr os dedos na máscara, a tirá-la», não a usam corretamente e isso pode ser prejudicial, tendo o efeito oposto ao da proteção, adianta.

Os diretores das escolas e os pais dos alunos têm opiniões diferentes quanto à utilização de máscara por parte dos mais novos. Por um lado, a Associação Nacional de Diretores de Escolas (ANDE) é a favor da medida, já que reforça a segurança nos estabelecimentos de ensino; por outro, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) não vê vantagens na sua utilização.

Recorde-se que o uso de máscara não é obrigatório para as crianças com menos de dez anos. Porém, no início do mês, o Ministério da Educação anunciou ir transferir cerca de sete milhões de euros para reforçar os orçamentos das escolas, nomeadamente para que possam comprar equipamentos de proteção para professores, funcionários e alunos, incluindo os do primeiro ciclo, cabendo aos respetivos encarregados de educação a decisão sobre a sua utilização.

 

Fonte: executivedigest.sapo.pt

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